O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) conta com um novo parceiro para reforçar a operacionalização da Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis (LAPS). Trata-se do Banco BIC, com o qual a instituição rubricou, esta terça-feira, em Luanda, um Memorando de Entendimento.

Da parte do FGC, o acordo foi rubricado pelo Presidente do Conselho de Administração, Luzayadio Simba, e pelo Administrador para Área de Negócios, Eduardo Katalahary Mohamed, enquanto do lado do Banco BIC, pelo Presidente da Comissão Executiva, Hugo Teles, e o Administrador Jorge Veiga.

O acordo, assinado na presença do Secretário de Estado para o Investimento Público, Ivan dos Santos, visa apoiar os micro e pequenos empresários, assim como os empreendedores singulares no acesso ao crédito facilitado, no âmbito da LAPS.

O Presidente do Conselho de Administração do FGC, Luzayadio Simba, garantiu que o memorando vem suprir diante da banca a insuficiência de garantias reais que as MPME’s, Cooperativas e Empreendedores Singulares apresentam no momento da solicitação de crédito.

No quadro desta linha, o acordo prevê a concessão de garantias automáticas de um milhão a 200 milhões de kwanzas. Mas, explicou o PCA do FGC, a LAPS foi desenhada para que banco possa gerir os processos com base nas condições e limites da sua capacidade e estratégia.

Além da LAPS, Luzayadio Simba avançou que o FGC está ainda a operacionalizar com o Banco BIC a linha GAP (Garantia de Apoio à Produção), com o limite de garantia até cinco milhões de dólares, equivalente em Kwanzas.

O PCA do Fundo referiu que, no ano transacto, a instituição foi capitalizada com um montante de 50 mil milhões de kwanzas, que é alavancado por quatro, o que significa que o FGC dispõe de 200 mil milhões de kwanzas para apoiar a produção nacional.

O PCE do Banco BIC, Hugo Teles, considerou que o acordo reforça a parceria já existente com o Fundo, mas trazendo a novidade da emissão de garantias automáticas até 200 milhões de kwanzas, para as MPME’s certificadas pelo INAPEM.

“Os bancos estão a abrir facilidades para os empresários acederem às garantias públicas e aos financiamentos. Nós queremos ser um motor da economia”, disse Hugo Teles.

O PCE do BIC garantiu que o banco está a desenvolver esforços para que os projectos do sector produtivo aconteçam, possam dar pequenos passos e crescer consideravelmente.

“O Estado já fez a sua parte, ao dispor este mecanismo de garantias públicas, e os bancos estão a facilitar a concessão de créditos. Portanto, só nos faltam os clientes virem apresentar projectos que concorram para o desenvolvimento da produção nacional”, rematou Hugo Teles.

No âmbito da LAPS, o FGC rubricou acordos com sete bancos comerciais, nomeadamente BIC, BCA, BPC, Banco YETU, BCGA, BCS, Millennium Atlântico, para facilitar o acesso ao crédito bancário as cooperativas, agricultores familiares, micro e pequenas empresas.