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Ministra das Pescas e Recursos Marinhos abre V Conferência E&M com presença do FGC

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Ministra das Pescas e Recursos Marinhos abre V Conferência E&M com presença do FGC

Ministra das Pescas e Recursos Marinhos abre V Conferência E&M com presença do FGC

A Ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, procedeu, nesta sexta-feira, 5, à abertura da V Conferência Economia & Mercado (E&M) Economia Azul, sessão em que participa o Assessor do Conselho de Administração do Fundo de Garantia de Crédito Miguel Santos.

O encontro, dedicado ao “Financiamento e Valorização do Cluster do Mar - Da Protecção e Fiscalização à Transformação dos Recursos Marítimos”, conta com a presença de distintas entidades nacionais e internacionais, além do Assessor Miguel Santos, que é um dos intervenientes na Mesa Redonda sobre o tema acima referido.

Na sua intervenção, a Ministra sublinhou que a economia azul é hoje um dos pilares centrais da economia mundial, representando 2,5% do PIB global e sustentando cerca de 150 milhões de empregos directos.

Carmen do Sacramento Neto realçou ainda que sectores como a aquicultura e a energia offshore crescem três vezes mais rápido do que a média da economia mundial, movimentando anualmente milhares de milhões de dólares em financiamento internacional.

Relativamente a Angola, a titular da pasta das Pescas e Recursos Marinhos destacou que, ao incluir petróleo e gás offshore, o mar já representa 47% do PIB nacional. No entanto, sem estes recursos, os sectores sustentáveis ligados às pescas, sal, turismo costeiro, transportes marítimos e biotecnologia não ultrapassam 2 a 3% do PIB, o que evidencia o desafio da diversificação.

Entre os constrangimentos apontados, destacou a pesca ilegal, que pode gerar perdas anuais de até 500 milhões de dólares, bem como a necessidade de mais investimento em infraestruturas modernas, maior simplificação administrativa e fortalecimento do turismo costeiro.

Carmen do Sacramento Neto enalteceu os avanços recentes, como o aumento da produção pesqueira, com mais de 540 mil toneladas em 2024; os progressos na aquicultura e no sector salineiro; a capacitação de mulheres processadoras; e a introdução de plataformas digitais para maior transparência no sector.

“A chave está em ligar o conhecimento científico à prática produtiva, garantindo que nenhuma expansão económica seja feita sem salvaguardar a integridade ecológica e a inclusão social”, afirmou Carmen do Sacramento Neto, ao apelar à união do Estado, sector privado, parceiros internacionais, academia e comunidades locais no fortalecimento da economia azul em Angola.

 

Tema: FGC
Data: 5 de Setembro 2025